Temo algum dia não poder mais ver o vermelho rubi
Ou não mais ouvir o verter de um vinho em uma taça
Apavoro-me diante da possibilidade iminente de não sentir mais os aromas terrosos
Nem os frutados
Quase não durmo ao imaginar a falta da acidez no paladar
Ou de não encontrar mais nessa vida a tanicidade adequada
Ainda que sabendo da única certeza dos mortais
Morro um pouco a cada garrafa acabada
Por saber que era única, perfeita e inesquecível
Apesar dos seus defeitos.
Parabéns confrade.É incrível como um homem se transforma através da poesia. Sutileza e delicadeza, envoltos a um tom melancólico e de pavor com o amanhã, se misturam neste belo texto. O importante é gostar daquilo que se faz, o que seria dos periquitos se só existissem curiós? Tem tanta gente com gosto estranho e a gente respeita.
ResponderExcluirFantástico !!!!!
ResponderExcluirDepois do "Vermelho Rubi" e como o calor está
chegando, aguardamos ansiosamente mais uma de-
monstração maravilhosa da veia poética do nosso
querido confrade Leonardo que provávelmente te-
rá como título "Amarelo palha com Reflexos ver-deais..." e nos brindará certamente com mais
uma linda poesia.
Os outros blogs podem ser mais antigos, terem mais participantes ou serem mais complexos,mas
poesia não é qualquer um que tem.
Vou sugerir a troca do nome do Blog de "Vinho
com Bobagem" para " Vinho com Poesia ".